Notícias
11/11/2015
Matopiba tem potencial para exportar grãos e peixes à Arábia Saudita
 
A empresários sauditas, ministra destaca expansão agrícola da região e oportunidades de negócios

Em missão oficial à Arábia Saudita, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apresentou a empresários e autoridades do país o potencial de produção e exportação de grãos e peixe do Matopiba (região formada por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Ela destacou ainda as oportunidades de investimentos em infraestrutura, que objetivam reduzir o custo de produção e facilitar o escoamento de produtos agropecuários pela Região Norte.

Ao ministro da Agricultura do Reino da Arábia Saudita, Abdulrahman Al Fadhly, Kátia Abreu afirmou que o governo brasileiro destina atenção especial ao Matopiba desde a publicação do decreto – assinado em maio deste ano pela presidenta Dilma Rousseff – que delimita a área territorial da região.

Kátia Abreu também apresentou o potencial e as oportunidade de investimento no Matopiba a grandes tradings e empresas voltadas ao ramo de alimentação na Arábia Saudita: Almunajem, Arasco e Salic. Ela presenteou os empresários com um jogo de damas cujas peças, confeccionadas por artesãs tocantinenses, são feitas de capim dourado – espécie típica do Jalapão.

“Acompanhar de perto essa região e seus produtores se tornou uma política de Estado”, destacou a ministra. “Trata-se de uma das últimas fronteiras agrícolas em franca expansão no Brasil e no mundo. Estamos muito animados e otimistas com o Matopiba, que já responde por 10% de toda a produção nacional de grãos”, completou. Perspectiva

Com a perspectiva de o governo árabe reduzir a produção própria de grãos, a fim de evitar consumo de água na agricultura – dada a escassez vivida na região –, o Matopiba figura como uma “excelente oportunidade de negócios”. Dos 73 milhões de hectares, 35 milhões são destinados ao plantio.

A região também tem alto potencial para pesca e aquicultura, com destaque para o novo centro da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Tocantins, voltado para o setor. O Mapa desenvolverá, em parceria com a Embrapa, um grande programa para ampliara produção de peixe no país e poderá sair da condição de importador para se tornar exportador.

A Arábia Saudita, de acordo com ela, pode ser um parceiro do Brasil no projeto. “Temos 12% da água doce do planeta e 8,5 mil quilômetros de costa marítima, mas somos importadores de peixe”, observou Kátia Abreu. “Temos peixes saborosos e da maior qualidade. Essa é uma grande cooperação que podemos firmar”, disse.

Infraestrutura

Os empresários e as autoridades que se reuniram com a ministra quiseram saber o que o governo brasileiro tem feito para melhorar a logística de escoamento da produção agropecuária. Kátia Abreu apresentou as principais concessões previstas pelo Programa de Investimento em Logística do governo federal, com destaque para as obras de infraestrutura do chamado Arco Norte.

A Região Norte, acima do paralelo 16, concentra 56% de toda a produção de grãos, disse a ministra. Porém, a logística para escoamento dos alimentos vindos dali não acompanhou a mudança geográfica da produção e ainda se concentra nos portos das regiões Sul e Sudeste. O governo brasileiro trabalha para inverter a lógica do escoamento dos grãos e, para isso, procura atrair investimentos privados. “Queremos que o Arco Norte seja objeto de análise e de interesse dos investidores”, assinalou a ministra, lembrando que, em menos de três anos, já existem 47 terminais de uso privativo construídos ou em construção, evidenciando a grande
demanda do setor.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Voltar - Início