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23/10/2015
Collor alerta para isolamento do Brasil no cenário internacional
 
O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) criticou nesta quinta-feira (22), em Plenário, a política externa do país. Ele sugeriu mudanças destinadas a impedir o isolamento do Brasil no cenário internacional. Essa avaliação, segundo o senador, ganha força depois da criação da Parceria Transpacífica, acordo de livre comércio envolvendo 12 países, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e Chile.

Segundo Collor, essa parceria envolve economias que correspondem a 40% da riqueza mundial e tem força suficiente para influenciar as relações econômicas em todo o planeta.

Para o senador, entre os objetivos da parceria estão os de isolar a China em uma zona de influência regional e reafirmar a predominância das potências ocidentais. Essa meta, acrescentou ele, pode ser reforçada com eventual acordo entre os Estados Unidos e a Europa, que, além de prejudicar a China, evidenciará, também, o isolamento maior do Brasil no mercado mundial.

Fernando Collor observou que, além de apostar na aliança com Rússia, China, Índia e África do Sul, o Brasil também privilegiou os parceiros do Mercosul e tentou se aproximar dos países africanos com a abertura de representações diplomáticas nesse continente.

Só que todas essas alianças devem frustrar os interesses do país, opinou Fernando Collor, ao lembrar que os mercados russo, sul-africano e chinês estão em crise e de destacar que China e Rússia se veem como potências mundiais, numa posição acima do Brasil.

Quanto ao Mercosul, o senador afirmou que o bloco impede que o Brasil firme parcerias bilaterais com outros países e não tem o mercado suficientemente grande que para atender às ambições brasileiras.

No que se refere às representações abertas na África, o senador avaliou que o potencial dessa iniciativa também frustrou o Brasil.

— Sem dúvida, se continuarmos com a concepção e a prática da atual política externa brasileira, nossas exportações perderão cada vez mais competitividade — alertou o senador.

Fonte: Agência Senado
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