O Brasil mostrou em seu espaço a diversidade de sua produção alimentícia que passa pelas carnes (bovina, suína e de frango), grãos e por produtos industrializados de vários setores, como biscoitos, balas e chocolates, produtos lácteos, bebidas, entre outros.
Lançamentos e inovações brasileiras atrairam o interesse dos compradores, além de produtos típicos do Brasil e de alimentos que seguem as tendências internacionais de orgânicos, sem glúten, sem lactose, sem açúcar, congelados, entre outras.
Na lista de novidades brasileiras encontrava-se leite produzido a partir da castanha de caju, mistura para bolo sem glúten, suco de laranja 100% natural concentrado e congelado, variedades de feijão especificamente desenvolvidas para mercados na Ásia, alimentos orgânicos já prontos e empacotados a vácuo, sorbet de açaí, novas versões do pão de queijo, feitos com grana padano, provolone e temperados com pimenta.
“O Brasil oferece ao mundo uma ampla variedade de produtos que seguem os mais altos padrões de qualidade e sustentabilidade e em Anuga recebemos visitantes de todos os continentes interessados nas características e na variedade dos produtos brasileiros que estavam em exposição”, afirmou o diretor de Negócios da Apex-Brasil, André Favero.
Confira alguns exemplos de casos de sucesso de produtos brasileiros na Feira
Sorbet de açaí e energético de super frutas
A Petruz Fruit lançou em Anuga um sorbet de Açaí pronto para comer, desenvolvido com a proposta de atender o paladar do consumidor internacional. O sorbet é feito com açaí orgânico e sem lactose. A empresa também lançou o A3 Pulp, um energético natural para atletas. O produto é uma barrinha que combina açaí, camucamu (fruta da Amazônia que contém o dobro de vitamina C que a conhecida acerola) e soja.
Os produtos da Petruz, que tem sede no estado do Pará, na região amazônica, já são vendidos para 20 países e em Anuga a empresa abriu novas oportunidades na Itália e na Austria.
Feijão sob medida
Cooperativa de produtores, a Coperaguas investe 5% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento para variedades de feijão e milho que atendam aos hábitos culturais dos diferentes mercados consumidores e ao mesmo tempo possam ser cultivados no solo e em condições de clima do Brasil.
Como resultado de uma pesquisa feita junto com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a Coperaguas desenvolveu uma semente de feijão caupi guariba (conhecido como brown eye beans) consumido principalmente na Ásia. Nos dois primeiros dias em Anuga, a Cooperativa vendeu todo o estoque disponível do produto, fechando negócios no valor de US$ 2,7 milhões com importadores asiático.
Bolos sem glúten
A Josapar lançou em Anuga uma mistura para bolos sem lactose e sem glúten. O produto é o mais novo lançamento de uma linha que usa proteína isolada de soja, desenvolvida pela empresa. A proteína isolada mantém a qualidade nutriente, sem o sabor forte da soja, e o primeiro produto da linha foi um substituto para o leite em pó. O segundo é a mistura para bolos, que vem nos sabores laranja, brownie, coco, limão, baunilha, milho e petit gateau.
A novidade despertou interesse em distribuidores em países da América Central e Angola, com quem a empresa começou negociações na Feira.
A empresa tem um faturamento de US$ 500 milhões e investe 7% desse valor em pesquisa e desenvolvimento. Já exporta outros produtos tradicionais, inclusive arroz parboilizado, para Reino Unido, Alemanha, Itália e Oriente Médio.
Leite de Castanha
A Amêndoas do Brasil colheu, em Anuga, os frutos de seu investimento de US$ 1 milhão em quase uma no e meio de pesquisas para desenvolver o primeiro substituto do leite feito com apenas dois ingredientes: castanha de caju e água filtrada. Com o nome de Wonder Nuts Cashew Milk, o produto se destaca pelo alto índice de proteína na sua composição, além de Omega 9, e por ter pouco carboidrato e não conter açúcar.
Em Anuga, a Wonder Nuts recebeu propostas de compra de distribuidores nos Estados Unidos, Japão, Líbano, Emirados Árabes Unidos, Alemanha, Portugal, Colômbia e México.
Arroz brasileiro
Seis empresas brasileiras produtoras de arroz participaram de Anuga, com o objetivo de aumentar suas exportações e atingir novos mercados. As companhias são integrantes do projeto Brazilian Rice – projeto de promoção de exportações realizado em parceria entre a Apex-Brasil e a Abiarroz. O Brasil é o maior produtor de arroz fora da Ásia – produz cerca de 12 milhões de toneladas ao ano -, mas como o mercado interno ainda absorve a maior parte do estoque, as exportações só se iniciaram por volta de 2006. No entanto, os números vêm crescendo. A expectativa é que as empresas integrantes do projeto exportem US$ 125 milhões até 2017, um crescimento considerável frente aos US$ 88,5 milhões vendidos em 2014.
A SLC Alimentos, uma das expositoras de arroz em Anuga, está no mesmo caminho: aumentou em 85% as vendas em 2014 até setembro de 2015. A empresa já exporta para 20 países, mas participa pela primeira vez de Anuga. “Fizemos bons contatos com importadores da Líbia, Israel e Angola. A Feira é importante para incrementarmos o relacionamento com os clientes que já temos e para conhecer novos”, afirma Bruno Folharini, gerente de exportação da empresa.
Garoto lança chocolates
A fabricante de chocolates Garoto abriu novos mercados durante a Feira e reativou contatos e mercados importantes. Entre os novos, destacam-se a Jordânia, a Indonésia, a Espanha e países do Leste Europeu. Também se reuniu com novos e importantes players de mercado já compradores do produto, como China e Hong Kong. A empresa lançou novos produtos na Feira, como o Talento recheado com doce de leite e a nova caixa amarela, que contém a novidade Baton Creamy e apresenta uma embalagem mais internacionalizada.
Balas com sabores do Brasil
A fabricante brasileira de confeitos e doces à base de chocolate e amendoins, Jazam, participou de Anuga pela primeira vez em 2015 e se surpreendeu com a quantidade e diversidade de origem dos visitantes. Um dos novos contatos que a Jazam fez foi de uma rede de lojas de “1,99”do Japão, mercado para o qual a empresa ainda não exporta. Atualmente, a Jazam atinge 30 países com seus produtos e as exportações representam 15% do faturamento da empresa. A meta é chegar a 20%. Outros mercados novos abertos durante o evento foram Chile, Emirados Árabes Unidos, Tailândia e Coreia do Sul.
A fabricante de balas Peccin apresentou em Anuga novidades como balas a base de açaí e guaraná e a linha Pura, que usa polpas de frutas e nenhum produto artificial. A Peccin já exporta para 70 países e as exportações representam entre 15% e 20% do faturamento da empresa. Em Anuga, a empresa tem recebido clientes de todos os continentes, boa parte deles são novos contatos.