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16/09/2015 | |
No Parlasul, paraguaios pedem apoio do Brasil para o desenvolvimento regional | |
O Parlamento do Mercosul (Parlasul), presidido pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), recebeu líderes paraguaios, nesta terça-feira (15), com interesse em aprofundar o conhecimento sobre o funcionamento das instituições públicas e privadas brasileiras. Os visitantes destacaram os desafios mútuos e a necessidade de fortalecimento da aliança entre os dois países. A delegação do Paraguai formada por integrantes da Fundação Desenvolvimento e Democracia (Dende) incluiu representantes dos congressistas, magistrados, empresários, veículos de comunicação, e da sociedade civil. Impostos A relação comercial com o Brasil foi uma das preocupações manifestadas pelos paraguaios. O apoio do Brasil para o desenvolvimento regional, a manutenção e até o aumento do consumo de produtos paraguaios foram alguns temas destacados por eles Uma das dúvidas é se a criação de novos impostos, como propõe o governo brasileiro, pode reduzir o consumo de produtos do Paraguai. Requião lembrou que, nas três vezes em que governou o Paraná, estimulou a integração com o Paraguai. Na opinião do senador, o país vizinho perde quando não recolhe mais impostos, pois deixa de investir em infraestrutura e inviabiliza as políticas sociais. Para ele, a reduzida carga tributária e a falta de encargos trabalhistas no país só beneficiam os empresários brasileiros que investem lá. Além da Ponte da Amizade, que liga a cidade paranaense de Foz do Iguaçu no Brasil e Ciudad del Este no Paraguai, a perspectiva da construção de uma segunda ponte (atualmente o projeto é analisado pelo Ibama) deve possibilitar a redução dos congestionamentos e do contrabando, bem como aumentar a segurança na fronteira e impulsionar a economia. Mercosul Com 7,3 milhões de habitantes, o Paraguai deve ao comércio e aos serviços mais de 50% do produto interno bruto (PIB). A soja é o principal produto de exportação, cultura que envolve a presença de brasileiros, os chamados "brasiguaios". A pecuária é a principal atividade econômica. É também exportador de energia de boa qualidade e baixo custo. Perseguindo a expansão econômica, o país atingiu a taxa mais alta (4%) de crescimento do continente no ano passado. Agora, quer a garantia de mercado livre com efetiva participação no bloco econômico da América do Sul (Mercosul), que reúne também Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. Requião ressaltou o panorama econômico atual do Brasil. Para ele, o país sobreviveu à crise mundial de 2008 e conteve a inflação com recursos dos bancos públicos e com a compra de commodities pelo mercado chinês, o que garantiu aumento do poder aquisitivo e do consumo interno. Agora sofremos o impacto negativo do recuo na economia da China. No entanto, observou Requião, também foi um erro não elaborar antes um Plano Nacional de Desenvolvimento. Ele lamentou que a crise atual seja enfrentada com o aumento de tributos, paralisando a economia. - Cortando investimento e financiamento do empresariado, você aumenta a recessão. E já estamos perdendo a participação da indústria no PIB há muito tempo. É a visão que eu tenho da economia do Paraguai também. Nós temos que desenvolver um sistema de socorro e desenvolvimento mútuo - defendeu. Fonte: Agência Senado |