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31/07/2015
Mercado Pet brasileiro vê oportunidades na américa latina
 
Realizado pelo projeto Pet Brasil, workshop em São Paulo reuniu profissionais de diversos segmentos pet para atualização e troca de conhecimento

No workshop Planejamento para Mercados Internacionais e Inteligência Comercial, organizado em julho pelo Projeto Pet Brasil, uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações de Investimentos (Apex-Brasil), foram revelados dados importantes para empresas nacionais com a meta de conquistar o mercado externo. Em países emergentes, cresce o número de pessoas que alimentam seus animais com produtos industrializados, uma boa notícia para quem deseja exportar às nações vizinhas ao Brasil. O melhor desempenho é dos alimentos completos para gatos: crescimento de 7% em 2013 e 10% em 2014, enquanto a comida para cães aumentou 13% em valor de vendas e 5% em volume durante 2014.

Os dados foram revelados na palestra Oportunidades, Tendências e Perfil do Consumidor pelo Mundo, apresentada pela Euromonitor International. A população de gatos deve aumentar 25%, valor significativo para o Brasil, entre 2014 e 2019. O país deverá ter mais de 20 milhões de felinos em lares nesse período. Dessa forma, alimentos para cães e gatos representarão quase dois terços das vendas globais do setor pet na maioria dos mercados.

O alimento para cães ainda é o maior segmento da América Latina, principalmente em países como México, Venezuela e Argentina que, junto do Brasil, foram os mais relevantes em termos de crescimento desde 2009. Este quadro deve continuar o mesmo até 2019, quando o Brasil, isoladamente, deve chegar à margem de US$ 4,23 bilhões em faturamento anual.

O mercado brasileiro de peixes também chama atenção, por ser o maior do mundo. O varejo no país gerou uma receita de quase US$ 350 milhões em 2014, segundo a Euromonitor. Embora o alimento completo seco ainda seja a grande preferência dos consumidores latino-americanos, por motivos como disponibilidade do insumo, custos de produção nesta região do globo e a facilidade de importação, um outro nicho que tem chamado a atenção de novos consumidores são as comidas assadas em casa, com apelo para qualidade superior dos ingredientes e uma proposta de alimentação mais semelhante àquela do dono.

Entre os dados apresentados, também esteve o valor mundial de vendas, que atingiu os US$ 105 bilhões entre 2010 e 2015, marcando um crescimento anual de 2% a taxa composta. As principais tendências de comida para cães estão nos ingredientes exóticos e com benefícios para articulações, controle de peso e brilho do pelo. Já para gatos, estão no maior número de produtos premium, refletindo em latas menores e maior segmentação.

Sobre a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação

A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) representa a indústria Pet. A entidade congrega os segmentos Pet Food (alimento), Pet Vet (medicamentos veterinários) e Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza).

Além disso, a Abinpet tem os métodos mais confiáveis de compilação dos dados do setor e é referência na promoção de ações que tenham por finalidade fortalecer essa cadeia. A projeção é que este ano o faturamento atinja os R$ R$ 17,9 bilhões, um crescimento de 7,4% em relação ao ano passado. É cada vez maior a participação desse setor na economia nacional e, por isso, é parte relevante do agronegócio: em 2014, cerca de 66,9% do faturamento veio dos produtos para nutrição animal, cuja composição é 95% agropecuária, com elementos como milho, soja, arroz, trigo e carnes de aves, bovinos e peixes.

Todos os produtos da indústria de alimentos e medicamentos veterinários são fiscalizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na Secretaria de Defesa Agropecuária (DFIP, DIPOA e Vigiagro).

FONTE: APEX BRASIL
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