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30/04/2015
BRF fatura mais no mercado árabe
 
Receita no Oriente Médio e África cresceu 15,1% no primeiro trimestre do ano. Segundo a fabricante brasileira de alimentos, resultado foi impulsionado principalmente por desempenho nos Emirados Árabes e na Arábia Saudita.

Da Redação

São Paulo - O faturamento da fabricante brasileira de alimentos processados BRF cresceu 5,1% no primeiro trimestre deste ano sobre o mesmo período de 2014 e atingiu R$ 7,048 bilhões. Na região Oriente Médio e África, o faturamento atingiu R$ 1,5 bilhão e foi 15,1% maior do que em iguais meses do ano passado. De acordo com o balanço trimestral divulgado pela empresa na noite de terça-feira (28), o crescimento do faturamento na região é resultado de receitas maiores obtidas em “mercados relevantes”, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, e já é resultado da estratégia da empresa de comprar distribuidores na região.

A BRF informou também que houve aumento dos preços médios nos produtos vendidos no Oriente Médio. Em reais, o reajuste foi de 23% e, em dólares, foi de 1,5%. Os volumes vendidos caíram 6,4%. A BRF tem uma fábrica de processados em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, e no ano passado comprou empresas de distribuição em países do Golfo.

Ainda no mercado internacional, a empresa obteve faturamento maior nas vendas para Ásia, onde a expansão foi de 6,5% sobre os três primeiros meses de 2014 e totalizou R$ 744,7 milhões. Na Europa, o faturamento caiu 12,4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e totalizou R$ 622,1 milhões. Na América Latina, a receita foi de R$ 393,5 milhões, com queda de 6% no faturamento. O volume negociado foi 23% menor devido à ausência de embarques para Venezuela no período.

Nesta quarta-feira (29), durante a apresentação dos resultados aos investidores, os executivos da companhia afirmaram que parte do crescimento da receita é resultado de estratégias, como a priorização do mercado do Golfo. Também observaram que a BRF obteve um crescimento mesmo em um ambiente internacional desafiador, com instabilidades em países do Norte da África e do Oriente Médio e a ausência de vendas para a Venezuela.

No mercado nacional, a companhia obteve receita operacional líquida de R$ 3,8 bilhões, valor 5,9% maior do que no primeiro trimestre de 2014 e resultado, sobretudo, de um aumento de 9,8% nos preços médios. A dívida líquida sobre os ganhos antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA, na sigla em inglês), cresceu em razão da valorização do dólar sobre o real no período. O lucro líquido no período também cresceu. Ele alcançou R$ 462 milhões, com expansão de 42,8% sobre os três primeiros meses do ano passado.

Às 13h20 desta quarta-feira, as ações ordinárias da empresa (com direito a voto) listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registravam alta de 8%, cotadas a R$ 64,53.
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