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27/02/2015
Apreensões de produtos em aeroportos ultrapassaram 65 t em 2014
 
Produtos de origem animal e vegetal foram apreendidos nos aeroportos de Confins (MG), de Guarulhos (SP) e Salgado Filho (RS)

Fiscais Federais Agropecuários do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), apreenderam mais de 65 toneladas de produtos de origem animal ou vegetal irregulares em bagagens em três dos maiores aeroportos do Brasil em 2014: Confins, em Belo Horizonte, Guarulhos, em São Paulo e Salgado Filho, em Porto Alegre.

O aeroporto de Guarulhos foi o campeão em apreensões, com mais de 53 toneladas. Em seguida, vem o aeroporto de Confins, com quase 9 toneladas em apreensões. O aeroporto Salgado Filho fecha a lista com quase 4 toneladas de produtos irregulares apreendidos.

O Mapa, por meio do Vigiagro, é responsável pela inspeção das bagagens dos passageiros internacionais que entram no país. Itens de origem animal e vegetal, como alimentos, plantas, sementes, tabaco, animais ou peles, não podem ser trazidos para o Brasil e nem levados para outros países sem certificação sanitária oficial do Mapa e dos órgãos equivalentes dos países de destino. A regra também vale para vegetais in natura. Apenas produtos de origem vegetal com um grau de processamento maior, tais como doces de frutas, farinha, café torrado e chocolate, estão liberados para viagens internacionais.

Os produtos mais apreendidos são os de origem animal, como lácteos, embutidos, pescados, mel e carnes. As sementes, mudas e frutas lideram a lista vegetal. As mercadorias apreendidas, que não possuem certificação sanitária de origem nem autorização, são consideradas de risco à saúde pública e à sanidade agropecuária e são destruídas.

Segundo a chefe da área animal da Coordenação Geral do Vigiagro, Mirela Eidt, a importância do controle dos produtos e substâncias que entram no país é fundamental. De acordo com ela, as doenças ou pragas que podem entrar no país através de bagagens de passageiros internacionais representam um risco real tanto para a economia quanto para a saúde pública da população brasileira. “O agronegócio responde hoje por 25% do PIB brasileiro. Então a riqueza do país está na produção agropecuária e na exportação de alimentos. E quando uma praga consegue ingressar no país ela pode encontrar um ambiente extremamente propício, se proliferar e causar prejuízos econômicos. A partir daí podemos ter desemprego, muitas vezes abate de animais, o que também acaba impactando muito a sociedade como um todo”.

Saiba mais:

Os produtos agropecuários que não podem ingressar no Brasil sem autorização prévia do Vigiagro ou certificação sanitária específica são:

• frutas, verduras
• leite, queijo, manteiga, iogurte, doce de leite
• mel, cera, própolis
• animais de companhia
• carnes “in natura” ou industrializadas,
(presunto, embutidos, enlatados, pescado)
• insetos, moluscos, bactérias e fungos
• comida para animais, ovos, sêmen,
embriões, agrotóxicos e produtos veterinários
(soro, vacinas, medicamentos, entre outros)
• mudas, sementes, hortaliças frescas,
madeira e terra
• comida servida a bordo

Para mais informações, visite a página do programa “Mala legal” do Vigiagro:http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Vigiagro/Mala_legal.pdf
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